Número crescente de participantes reforça a importância das políticas públicas, das atividades integrativas e do suporte oferecido pelo município às pacientes.
Cocal do Sul ampliou neste ano o trabalho dedicado às mulheres com fibromialgia, fortalecendo as ações da equipe multiprofissional de saúde e garantindo acompanhamento contínuo para 100 pacientes. O grupo participa de dinâmicas, rodas de conversa, práticas integrativas e encontros educativos que auxiliam no manejo da dor e na qualidade de vida.
A naturopata e psicanalista Edlaine Flor Emerencio integra a equipe, desenvolvendo manejo terapêutico voltado à relação entre emoções e sintomas físicos.
Segundo ela, muitas dores crônicas estão ligadas a traumas que acabam sendo somatizados ao longo do tempo. “Quando a mulher compreende o que está pesando emocionalmente e identifica o gatilho, inicia um processo de ressignificação da dor. Trabalhamos a mente, hábitos alimentares, florais, aromaterapia e chás terapêuticos. Cada recurso ajuda um pouco na melhora de quem convive com a fibromialgia”, explica.
Edlaine também convidou a costureira Charlueis Trento para colaborar em uma das dinâmicas realizadas durante o encontro. Ela participa de um núcleo religioso que trabalha com grupos de cura emocional, onde auxilia em atividades voltadas a mulheres que enfrentam depressão. Por ter facilidade e sensibilidade na condução dessas dinâmicas, ela foi convidada especialmente para apoiar o momento preparado para o grupo de fibromialgia.
A coordenação das atividades, no entanto, foi de responsabilidade da própria Edlaine, que organizou e orientou toda a ação. Já Cheila Trento contribui nos encontros compartilhando sua experiência pessoal no enfrentamento da dor crônica, depois de passar por um processo terapêutico que a ajudou a entender seus gatilhos emocionais. Seu relato tem servido como inspiração às participantes que estão em início de tratamento ou enfrentando períodos mais difíceis.
A secretária de Saúde, Giovana Galato, destaca que o fortalecimento do atendimento às mulheres com fibromialgia é uma prioridade da gestão municipal.
“Acompanhamos 40 mulheres, e cada encontro representa acolhimento, escuta e cuidado real. É um trabalho que transforma a vida de quem participa. Nosso compromisso é garantir acesso ao tratamento adequado, informação de qualidade e apoio emocional. Esse grupo é prioridade para nós”, afirma.
Neste ano, o município ampliou as sessões de hidroginástica oferecidas ao grupo e implementou políticas públicas específicas, incluindo a dispensação de pregabalina e duloxetina, medicamentos há muito reivindicados pelas pacientes.
A Secretaria de Saúde também estuda a inclusão do canabidiol como alternativa terapêutica, ampliando ainda mais as possibilidades de cuidado para dor crônica.
